Sala de Técnicas - séculos XV e XVI
A exposição permanente do Museu Nacional do Azulejo organiza-se de forma cronológica.
O seu primeiro núcleo é dedicado às produções peninsulares usadas em território nacional, a partir da segunda metade do século XV, para revestir pavimentos: alfardons com losetas e tijolos com rajolas, importados de Manises, em Valência.
Já do início do século XVI são os exemplares de padrão para revestimento parietal, produzidas em Sevilha e Toledo segundo as técnicas hispano-mouriscas de corda-seca e aresta. Destaque para uma composição, simulando uma porta, que evoca as decorações subsistentes na Sé Velha de Coimbra.
O segundo núcleo da exposição permanente do Museu é dedicado às primeiras produções em técnica de majólica, mostrando-se exemplares da encomenda do Duque de Bragança, D. Teodósio I, a Antuérpia, em 1558, para o palácio de Vila Viçosa.
A produção portuguesa começou em Lisboa, na segunda metade do século XVI, e desta podem ser apreciados exemplares feitos para a Quinta da Bacalhoa, Azeitão, a partir 1565.
No fecho deste núcleo, destaque para o Retábulo de Nossa Senhora da Vida, obra cimeira da primeira produção portuguesa, classificada como Tesouro Nacional, pintada cerca de 1580 e atribuída a João de Góis.